Dinâmicas como pesquisa de design

Dinâmicas como pesquisa é uma das diversas formas de conhecer as pessoas, seus desejos, anseios e necessidades uma das que tem maior possibilidade de alcançar profundidade na captura de modelos mentais.

Durante uma atividade generativa como dinâmica pensamentos tendem a aparecer de forma mais livre, sem filtros, pois leva as pessoas a externar seus sentimentos de forma quase distraída e, portanto, livre pensamentos conscientes ou julgamentos da nossa racionalidade.

Desse modo, as atividades generativas como as dinâmicas são um excelente caminho tanto para pesquisas comportamentais quanto para levantar insights para projetos de design.

No comparativo entre três técnicas recorrentes no processo de design, podemos observar que a atividade generativa / dinâmica é a que tem o acesso mais profundo ao modo de ser das pessoas, pois consegue trazer conhecimentos internos de forma tácita enquanto elas estão distraídas resolvendo um problema.

Dinâmicas - Acesso ao modelo mental das pessoas

Isso se deve em parte porque ao falarmos, como em entrevistas, tendemos a dizer algo que nos faça parecer melhores segundo nossos critérios ou declaramos como gostaríamos de ser e agir, e não necessariamente como realmente somos ou agimos.

Na observação isso diminui bastante, pois o pesquisador consegue ver a pessoa atuando em cenários reais e a tensão da realidade diminui esse filtro que construímos de forma despercebida.

Mesmo assim, ter consciência de que estamos sendo observados pode mudar sutilmente como vamos agir ou reagir.

Em atividades generativas como dinâmicas, as pessoas estão concentradas em solucionar um desafio e quanto mais complexo ou mais elas se envolverem no desafio mais esses filtros serão “desligados”.

Durante uma mesma sessão de atividade generativa como dinâmicas é possível inclusive reunir as três técnicas: entrevista, observação e a atividade em si o que enriquece o conhecimento gerado na pesquisa.

Esqueleto de exemplo para dinâmicas

No esqueleto de exemplo, a seguir, podemos começar a sessão com uma introdução mais superficial, seguida de entrevista e observação durante um debate.

Depois seguimos para a atividade generativa em si onde o olhar do pesquisador deve estar sempre atento para capturar nuances e indicações de modelos mentais importantes para serem destacados ou explorados posteriormente.

Fechamos a sessão com uma apresentação final onde novamente o pesquisador aplica a observação e a entrevista para capturar mais insights.

Dinâmicas - Exemplo de esqueleto para dinâmicas

A escolha do desafio também deve ser bem planejada pelo pesquisador, sempre atendo ao público que será envolvido.

Diferentes tipos de desafios podem ser aplicados de acordo com a necessidade do projeto e o que é necessário explorar com as pessoas.

O desafio pode ser, por exemplo, de nível funcional, tarefa ou mesmo de experiência. Sendo que do primeiro ao último o nível, a escala de abstração se aprofunda e, portanto, pode funcionar melhor com determinados públicos ou mesmo em determinados momentos da pesquisa / projeto.

Lembrando que a própria atividade generativa / dinâmica em si também será quebrada em pequenas atividades que podem ser mescladas com outras técnicas para que o pesquisador consiga levantar ainda mais aprendizado sobre as dores, necessidades e modelos mentais das pessoas e assim contribuir para que a solução de design se adeque as expectativas do público.

Referências

Livework Brasil. Disponível em: <http://www.liveworkstudio.com.br/>. Acesso no dia da postagem.

EISE Lab. Disponível em: <http://eiselab.com.br/>. Acesso no dia da postagem.

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